O maior sindicato representativo dos professores voltou a criticar a divulgação pela comunicação social de análises feitas aos resultados dos alunos nos exames nacionais e às notas internas do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).
Este é o 25º ano em que são publicados "rankings", que passam a incluir várias análises de dados, que vão para além da clássica lista de estabelecimentos de ensino ordenados tendo em conta apenas a média dos alunos nos exames nacionais.
Os números passaram também a mostrar o trabalho feito nas escolas com alunos mais desfavorecidos, que tendem a ter mais dificuldades académicas, bem como as escolas onde todos os alunos conseguem concluir os estudos sem chumbar e, este ano, pela primeira vez, mostram os resultados médios dos alunos estrangeiros.
No entanto, a Fenprof defende que, "apesar de estarem rodeados de uma aura de rigor, exigência e tecnologia, os 'rankings' estariam e estão a estigmatizar as escolas através de exames nacionais que hierarquizam e eliminam os alunos; desprestigiam o trabalho das escolas e dos professores através de exames nacionais que desprezam a aprendizagem saudável e a avaliação contínua; promovem a competição através de exames nacionais que incentivam o individualismo".
Para a federação, os 'rankings' têm a única intenção de "reforçar o preconceito ideológico de que o sector privado é bom e o sector público é mau e, assim, engordar o negócio da educação, também à custa do Estado".
Numa nota enviada hoje à comunicação social, a Fenprof volta a saudar todos os professores que "continuam a lutar diariamente por uma educação de qualidade e escolas para todos".