Na terceira semana de março, o armazenamento por bacia hidrográfica só é inferior à média dos meses de março entre 1990/91 e 2023/24 nas bacias do Ave, Mira e Ribeiras do Barlavento.

De acordo com os dados divulgados hoje no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na última semana, marcada pela depressão do Martinho, todas as bacias hidrográficas registaram um aumento do volume de armazenamento. De 17 de março até hoje registou-se um aumento de 3,7%, o equivalente a 493 hectómetros cúbicos (hm3).

Com as chuvas que caíram em março, hoje nenhuma barragem está marcada a vermelho, o que significa que não há nenhuma barragem no continente com menos de 20% da sua capacidade, e apenas uma com menos de 40%, a albufeira do Monte da Rocha, na bacia hidrográfica do Sado, que está a 37%.

No final de janeiro, o Monte da Rocha estava a 13% da sua capacidade, a par de duas outras albufeiras problemáticas em termos de armazenamento, ambas no Algarve: Arade com 17% e Bravura com 14%.

Atualmente, a barragem do Arade está a 59%, com um aumento de 39% só na última semana, e a Bravura a 56%, com um aumento de 12%.

Das albufeiras monitorizadas, o boletim semanal da APA especifica que há cinco que têm atualmente uma capacidade entre 51 e 60%, oito entre 61 e 80%, e 66, a grande maioria, com uma capacidade entre 81 e 100%.

Com as fortes chuvas das últimas semanas, o volume total de armazenamento de água no continente está agora em 92%, 12.165 hm3, para uma capacidade total de 13.299 hm3.

Em termos de bacias hidrográficas, é ainda de salientar que as bacias do Vouga estão cheias a 99% e as bacias do Tejo a 97%. Na bacia do Tejo, há várias barragens que estão completamente cheias, o mesmo acontecendo com o Guadiana, cuja bacia está também a 97% da sua capacidade. O Alqueva está a 97%.

Na bacia do Douro, as albufeiras de Alijó, Serra Serrada e Vilar Tabuaço atingiram o seu limite, embora as outras também estejam perto dos 100%, e na bacia do Sado também há albufeiras com 100% da sua capacidade.

No sotavento algarvio, as albufeiras de Beliche e Odeleite estão também quase no seu limite.