O movimento reiterou, em comunicado, que "vai tomar medidas diretas nas ruas, organizando vigílias de protesto (...) à porta dos concelhos das várias cidades do Algarve", "face à tentativa de desvalorizar as autoridades políticas e sanitárias regionais sobre este assunto".


Já em 29 de outubro, o Movimento em Defesa dos Doentes com Cancro no Algarve tinha pedido à direção do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) que cancelasse o concurso público.


Tendo em conta a "ausência de resposta" sobre uma "infeliz e incompreensível decisão", o movimento disse que "considera que o Conselho de Administração do CHUA deve demitir-se imediatamente".


Há um mês, o diretor clínico da CHUA, Horácio Guerreiro, havia explicado que a região não dispõe do equipamento necessário para efetuar todos os diagnósticos e tratamentos de cancro, o que obriga os doentes a abandonar a região, normalmente para Lisboa, por vezes para Coimbra, ou para Huelva e Sevilha, em Espanha.


O diretor clínicio explicou que duas empresas concorreram a um concurso internacional para a prestação destes serviços, uma portuguesa e outra espanhola, esta última "reputada na área clínica e que apresentava garantias de qualidade médica a um preço inferior ao do outro concorrente".


Os pacientes que se deslocam a Sevilha são transportados em ambulância pela empresa e "são submetidos a tratamentos em ambiente hospitalar, com excelente hospitalização e cuidados intensivos, se necessário", disse.