O edifício recuperado, na zona histórica da capital, vai acolher pessoas em situação de vulnerabilidade, 46 das quais em regime de alojamento temporário e duas em regime de resposta de emergência, disse o presidente da Santa Casa, Paulo Sousa.

De acordo com o responsável, esta medida aumenta a resposta a situações identificadas diariamente pela Linha Nacional de Emergência.

"Este centro junta-se ao recém-inaugurado Centro do Grilo, aumentando a oferta para uma capacidade máxima de 297 lugares sob a gestão da Santa Casa", disse.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do Cardeal de Lisboa, Rui Valério, que destacou a importância de acolher com dignidade quem chega à cidade.

"É através de iniciativas, construções e edifícios como este que aqueles que nos visitam e vêm até nós têm essencialmente uma oportunidade de construir connosco um projeto, um país, um desígnio que se chama Portugal", declarou o clérigo.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacou que a autarquia lançou um plano municipal para os próximos sete anos, no valor de 70 milhões de euros nesta área.

"Quando chegámos a 2021, tínhamos cerca de 800 lugares para acolher pessoas sem-abrigo e hoje temos 1.200 e queremos chegar aos 2.000", disse o autarca.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, indicou que o Governo está "desperto para esta questão desde o dia 1", um problema de carácter nacional.

"Há 13 mil pessoas que estão sem-abrigo e, neste caso, é uma questão com particular incidência na cidade de Lisboa, porque 40% das pessoas estão aqui ou na área metropolitana de Lisboa", sublinhou a ministra.