De acordo com a NiT News, no Baixo Alentejo, a Vidigueira está liderando o processo de registro da técnica de “produção de vinho em ampola” como Patrimônio Cultural Imaterial. No entanto, outras cidades como Amareleja, Ervidel, Vila Alva e Vila de Frades mantêm a tradição. Essa pode até ser uma das características mais reconhecidas do mundo vinícola da região, onde o crescimento do segmento nunca diminuiu, mas não é exclusivo. O posicionamento cada vez mais reconhecido do Baixo Alentejo também se deve ao seu investimento bem-sucedido no enoturismo. Todos os anos, surgem novos estabelecimentos de enoturismo de renome, mesmo com reconhecimento no exterior, que ajudaram a elevar a posição da região, que agora é vista como uma potencial candidata à Cidade Europeia do Vinho

2026.

“Aplicamos um foco especial na tradição milenar das ânforas, mas aliada à qualidade dos vinhos do Alentejo e aos inúmeros prémios já conquistados pela região nos últimos anos, tanto no setor vitivinícola como no turismo”, afirma José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo em entrevista ao jornal. Acrescentando, “em conjunto com a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), se candidatará até o final

de março”.

Dentro do enoturismo, destacam-se vários negócios, como a Herdade do Rocim, famosa por organizar e promover o Amphora Wine Day Festival desde 2018, ou a Herdade da Malhadinha Nova, que é um nome incontornável no seu trabalho de promoção de experiências ligadas ao vinho, mas não só, a par de excelentes acomodações, tendo sido a primeira do género no Baixo Alentejo.

“Hoje, o enoturismo na região oferece uma variedade de acomodações de alta qualidade. Não é por acaso que alguns dos melhores hotéis de Portugal e até da Europa estão localizados aqui. Mas também há espaço para formas mais íntimas e autênticas de enoturismo, onde as atividades de entretenimento ocupam o centro das atenções. O enoturismo também está cada vez mais ligado a conceitos como bem-estar e saúde, integrando experiências de bem-estar e turismo de natureza”, enfatiza José Santos ao jornal NiT

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Entre a qualidade inegável dos vinhos e um forte setor de turismo, um terceiro pilar reforça essa candidatura à Cidade Europeia do Vinho 2026: sustentabilidade. Como parte do Plano de Sustentabilidade do Vinho do Alentejo, mais de uma dúzia de produtores se inscreveram e se tornaram certificados, tornando-o um projeto pioneiro a nível europeu e global

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“Este investimento reforça o posicionamento do Baixo Alentejo como uma grande região vinícola, capaz de combinar com maestria empreendedorismo, sustentabilidade, hospitalidade, cultura e paisagem”, acrescenta.

Depois de Reguengos de Monsaraz (Évora) alcançar a distinção em 2015 e do Douro em 2023, agora há uma nova oportunidade para Portugal mostrar outra região digna de reconhecimento no mundo do vinho. A próxima Cidade Europeia do Vinho 2026 será revelada em 30 de abril, em uma cerimônia a ser realizada em Borba, no distrito de Évora

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