Num posfácio ao meu ensaio The Humpty Dumpty Emperors (TPN 20-02-25)), relatei a notícia de última hora de que o maior roubo da história das criptomoedas tinha ocorrido no Dubai. Hackers desconhecidos tinham roubado 1 500 000 000 USD de um único Safe(Wallet), um fornecedor de infra-estruturas de criptomoedas de terceiros, contratado para a plataforma de câmbio Bybit.
Uma investigação feita pela empresa israelita Sygnia identificou lacunas graves na segurança do sistema de armazenamento dos activos digitais dos clientes da Bybit, sugerindo que o ladrão poderia ser o grupo norte-coreano Lazarus, que se pensa usar malware JavaScript para desviar fundos que estavam a ser canalizados através do sistema block-chain.
A Bybit afirma que a perda foi coberta pelo seu próprio esquema de resiliência cibernética, mas criou uma equipa de funcionários para trabalhar com a Sygnia no sentido de melhorar a segurança cibernética, o que eliminará mais pirataria. No entanto, esta vergonhosa admissão de como é fácil as plataformas serem atacadas enviou ondas de choque através de uma indústria que previa um crescimento recorde para o ano 2025.
Esta ambição foi, evidentemente, fortemente influenciada pela eleição de Donald Trump como 47º Presidente, que durante toda a sua campanha eleitoral se entusiasmou com o que considerava ser uma inovação muito vantajosa nas transacções financeiras e incluiu no seu gabinete muitos investidores e negociantes desta moeda cibernética, sendo também muito influenciado por Elon Musk, que terá exigido que todas as transacções imobiliárias em Marte fossem efectuadas em $Trump ou $Doge.
No domingo, 02 de março, Trump anunciou que o governo dos EUA iria comprar Bitcoin, Ethereum, Solana, XRP e ADA para formar uma Reserva Estratégica de Criptomoedas dos EUA. A ADA (Cardona) subiu imediatamente de valor em 70% e as outras cibermoedas seguiram o exemplo, o que colocou alguns bilionários no caminho para serem trilionários.A crítica de que a nova Reserva pode ser comparada a um Hedge Fund foi bem recebida com o argumento de que faz sentido, nos actuais mercados financeiros globais, apostar unidades cibernéticas contra o dólar, que deve ser impulsionado contra moedas internacionais mais fracas.
Sem dúvida que os bilionários de outros países - sobretudo os da China, Índia, Alemanha e Rússia - vão partilhar o aumento das suas grandes fortunas, assim como os milionários de menor grau. Mas os valores têm de sair do bolso de alguém. Adivinhem quem?
por Roberto Cavaleiro - Tomar 07 março 2025