Segundo o ECO, a maioria dos portugueses está insatisfeita com as explicações dadas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre o caso da empresa familiar Spinumviva, de acordo com uma sondagem do ICS/ISCTE divulgada no final da semana.
Trata-se do primeiro estudo efectuado após a queda do Governo. No entanto, a maioria dos inquiridos considera que as eleições deveriam ter sido evitadas.
Questionados sobre se as explicações dadas por Montenegro, após a polémica das empresas familiares, foram suficientes, 64% dos inquiridos responderam que "as coisas ficaram por esclarecer", enquanto apenas 23% consideram que o primeiro-ministro prestou todos os esclarecimentos necessários. Os restantes 13% dizem não saber ou recusam-se a responder.
Apenas 5% dos inquiridos ficaram com uma melhor impressão do Montenegro após este caso. Mais de metade dos inquiridos (52%) responderam que a sua opinião permaneceu inalterada. Seguem-se aqueles cuja opinião sobre o Chefe do Governo piorou: 39%.
Apesar disso, "uma grande maioria (77%) considera que as eleições eram evitáveis, contra apenas 18% que pensam que o regresso às urnas era inevitável, havendo ainda 4% que não sabem ou não respondem.
Quanto à avaliação do desempenho do atual Governo, os portugueses dividem-se: 47% dos inquiridos responderam "bom ou muito bom" e 43% consideram-no "mau" ou "muito mau". Os restantes 10% não sabem ou não respondem.