O mercado imobiliário de luxo em Lisboa continua a dar sinais de resiliência e atratividade. Lisboa ocupa o 10º lugar entre as cidades onde os preços das casas de luxo mais cresceram no ano passado, com uma subida de 5,3%, ultrapassando metrópoles como Paris, Londres, Nova Iorque e até o principado do Mónaco. Os dados são do mais recente Prime Global Cities Index, da consultora internacional Knight Frank, que registou uma valorização média global de 3,2% no segmento prime.

Para Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela e Penalva, parceiro da Knight Frank em Portugal desde 2021, "estes dados mostram que o mercado nacional tem sido muito resiliente e atrativo, e continua a ser alvo de investidores internacionais, o que é muito positivo para o sector e para a dinâmica da economia nacional".

No topo do ranking das 44 cidades analisadas pelo relatório da Knight Frank, Seul destaca-se como a cidade com maior crescimento, registando uma impressionante valorização anual de 18,4%. Manila (17,9%) e Dubai (16,9%) ocupam o segundo e terceiro lugar, respetivamente. Tóquio (12,7%) e Nairobi (8,3%) completam o top 5.

Globalmente, 34 das 44 cidades registaram um aumento dos preços dos imóveis de luxo, enquanto apenas nove registaram ligeiras descidas. O estudo salienta que, após anos de volatilidade, os mercados da América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico estão a estabilizar, com taxas de crescimento mais equilibradas em torno da média global de 3,2%.

Apesar dos desafios colocados pela inflação nas economias desenvolvidas, o sector imobiliário de luxo continua otimista. Liam Bailey, diretor global de pesquisa da Knight Frank, acredita que "o caminho para taxas mais baixas tornou-se mais complexo nos últimos meses, mas com mais cortes esperados em 2025, este será um fator chave para desbloquear um maior crescimento dos preços das casas de luxo este ano".

Lisboa continua assim a afirmar-se como um dos mercados imobiliários de luxo mais procurados, consolidando o seu estatuto de destino privilegiado para investidores de alto nível. Num cenário global em constante mutação, a capital portuguesa segue a tendência de valorização e mantém-se no radar dos grandes compradores internacionais.