De acordo com Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações(Fectrans), a greve às horas extraordinárias e extraordinárias, a partir de maio, já foi "decidida e finalizada" nos dois plenários de trabalhadores realizados na segunda e terça-feira, e aprovada por maioria.

Sara Gligó disse ainda que os sindicatos foram mandatados para "participar em todas as lutas possíveis que considerem necessárias para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores", na sequência da reunião com o Conselho de Administração da empresa, a 30 de abril.

Em causa está a luta pelo aumento do subsídio de almoço e a redução para 35 horas do horário de trabalho semanal, "uma vez que será difícil obter mais no salário devido ao decreto-lei", explicou.

O dirigente sindical defendeu que os trabalhadores "não são só para eventos especiais", ao contrário da empresa que "vive só para eventos".

"Desta forma, sabemos que há um conjunto de eventos que se aproximam e que a greve vai ter impacto", disse.

Relativamente à reunião com o gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação, que decorreu na tarde de terça-feira, Sara Gligó disse que o sindicato entregou o acordo sobre as variáveis remuneratórias (trabalho suplementar e feriados), sublinhando que "com exceção dos anos de 2023 e 2024, nada foi cumprido, nem foi apresentada uma contraproposta".

De acordo com o dirigente sindical, foi ainda entregue uma Carta Aberta sobre o acidente ocorrido no ano passado, junto à estação de Alvalade, carta que foi também entregue ao Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa.

Na reunião no gabinete de Miguel Pinto Luz, Sara Gligó disse que os sindicatos perceberam que, relativamente ao Regulamento de Carreiras, o Conselho de Administração da empresa "limitou-se a vender à tutela a nova categoria profissional como sendo a melhor coisa do mundo".

Segundo o dirigente sindical, a delegação foi ainda informada de que o executivo "não disse que não havia dinheiro para as variáveis, tendo dado indicação para negociar com os sindicatos, o que nunca aconteceu".

"Já demos informação sobre o processo de lutas que se vai desenrolar se nada mudar", acrescentou ainda.

O Metro de Lisboa funciona diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

O metro funciona normalmente entre as 6:30 e a 1:00.