Luís Montenegro aproveitou o período de respostas ao CDS-PP durante o debate quinzenal para deixar "um repto ao parlamento e em particular ao Partido Socialista".
Como há "muitas mais coisas acordadas nesta política, era importante que houvesse condições no parlamento para cumprir dois objectivos que foram negados quando o PS não tinha essa posição".
Luís Montenegro perguntou ao PS se estava "em condições de ultrapassar as objecções que tinha" e seguir "um regime de regresso mais ágil para aqueles que estão em situação ilegal".
A contestação estendeu-se também à criação da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP.
Argumentando que "é necessário implementar a política que o PS defende hoje", o primeiro-ministro questionou se os socialistas estão disponíveis "para poder aprovar esta constituição na estrutura orgânica da PSP".
"São duas questões que merecem uma resposta e uma avaliação responsável por parte do PS", defendeu.
Montenegro congratulou-se com a mais recente posição do PS sobre imigração e considerou "muito importante" "dar previsibilidade e durabilidade às políticas na área da imigração, para poder proporcionar um melhor acolhimento, para poder dar mais dignidade aos processos de integração e para poder valorizar mais a capacidade de trabalho das pessoas que procuram" Portugal.
Em resposta ao líder parlamentar centrista, o chefe do executivo PSD/CDS-PP disse ainda que o plano de ação para acelerar a conclusão dos 400 mil processos de regularização de imigrantes pendentes "já tem 80% das suas medidas em execução".
"417 mil pessoas já foram notificadas e 215 mil já foram atendidas, o processo já chegou ao fim para 8 mil e prevemos agora um aumento exponencial nesta área nos próximos tempos", acrescentou.
Luís Montenegro indicou ainda que a estrutura da missão conta atualmente com "450 funcionários, mais 150 advogados, número que em breve será duplicado".