Agora, os esforços estão focados em superar os desafios que poderiam comprometer mais da metade das obras planejadas no PRR, que tem apenas um ano e meio para serem concluídas. Isso porque há grandes obras em andamento e novos concursos ainda precisam ser lançados, principalmente para habitação, e a pressão para cumprir as metas do PRR “é muito forte”, principalmente devido à falta de mão de obra na

construção.

Até agora, “em termos de metas e marcos, estamos em linha com o que nos prometemos junto da Comissão Europeia”, disse Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Monitorização do PRR, à RTP. Mas admitiu que “é na execução física no terreno que esses desafios são muito maiores”, referindo-se à falta de mão de obra e à burocracia relacionada aos concursos de obras públicas

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“Se não conseguirmos atrair mais imigrantes para [...] a construção, não teremos a capacidade de realizar toda a obra que já está lançada e em construção, e aquela que será colocada a concurso em 2025”, alertou Pedro Dominguinhos em declarações ao Porto Canal.

Há obras de grande escala que concentram esforços na reta final de um ano e meio, como é o caso do Hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa. E ainda há vários trabalhos por vir. “Teremos milhares de casas que serão colocadas para competição, bem como várias dezenas de centros de saúde e várias escolas grandes. Isso significa uma grande demanda do ponto de vista das obras públicas, além do Portugal 2030”, que tem que atingir 15% de execução até o final deste ano, detalhou também o presidente da comissão na mesma mídia.

Junto com esses desafios relacionados à falta de mão de obra, haverá eleições municipais este ano, portanto, mudanças nos executivos municipais podem atrasar o ritmo de execução e lançamento das obras.

Para poder cumprir o PRR até junho de 2026, o Governo entregará a Bruxelas uma reprogramação do programa em janeiro, trocando projetos mais atrasados — como o Metro de superfície que ligará Odivelas a Loures — por outros projetos em fase mais avançada.

“Teremos investimentos que serão retirados do PRR, embora continuem a ser financiados por outro investimento porque não há capacidade de executá-los a tempo. Teremos outros investimentos que serão parcialmente financiados e teremos novos investimentos que serão introduzidos” no PRR, apontou ainda Pedro Dominguinhos

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