Em declarações à Lusa, Fernando Henriques, do Sitava, disse que a greve teve uma participação de cerca de 40%, alertando para o uso de trabalhadores temporários e gerentes durante a greve. E ele alertou que 2025 será um ano de “grande conflito trabalhista” na Portway, uma empresa de assistência técnica que fornece serviços de assistência em escala em

aeroportos.

“Houve uma resposta em linha com o que esperávamos, considerando que existem muitas, muitas centenas de trabalhadores temporários”, destacou, acrescentando que também houve casos em que os gerentes realizaram “o trabalho dos operacionais”. A greve abrangeu funcionários permanentes.

Contactada pela Lusa, a Portway disse que “a greve declarada por alguns sindicatos”, iniciada em 24 de dezembro, “não teve impacto, nem resultou em cancelamentos de voos.

Fernando Henriques acusou a empresa de ter cometido irregularidades na greve, acrescentando que o Sitava informaria as autoridades competentes desse facto.

Também será movida uma ação judicial contra a Portway pelo aumento de 1% nos salários em 2024, que a empresa não concedeu por entender que os objetivos que estavam na base não foram alcançados, e que foi a causa desta greve.

“O que prevemos para 2025 é que seja um ano com grande conflito laboral na Portway”, destacou, indicando que os quatro sindicatos que estiveram juntos neste processo, também entregaram “juntos uma proposta para 2025, que inclui um aumento na tabela salarial, mas também algumas mudanças e alguns ajustes nas cláusulas do acordo da empresa”.

Mesmo que esperem uma reunião em janeiro, Fernando Henriques admite que o acordo será complicado, pois as duas partes partem de um ponto de partida diferente, com os sindicatos considerando um aumento de 1%.

“Tudo indica que o processo será muito complexo e conflitante porque nossos pontos de partida serão diferentes, a Portway certamente avançará com uma proposta baseada na tabela que entende ser a tabela de janeiro de 2024 que não inclui esse 1%”, destacou.