Em 2024, o número de crianças nascidas no Japão desceu para 720 988, marcando o nono ano consecutivo de registos baixos, enquanto Portugal registou um total de 84 631 bebés, menos 1 133 recém-nascidos do que no ano anterior (85 764).
Os nascimentos diminuíram em todas as 47 prefeituras do Japão em comparação com 2023, diminuindo a um ritmo mais rápido do que as projecções do governo e não mostrando sinais de abrandamento. Após a quebra registada em 2024, o número de nascimentos em Portugal voltou a crescer no primeiro trimestre deste ano, mas ainda não é certo que estes valores se mantenham.
Em parceria com a 4 Day Week Global, o governo português lançou um relatório que inclui 41 empresas portuguesas que encurtaram a semana de trabalho, 21 das quais coordenaram o início de uma experiência de seis meses em junho de 2023. Como resultado, a exaustão no trabalho diminuiu 19%, as dificuldades em manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal diminuíram de 46% para 8% e a grande maioria dos trabalhadores só regressaria a uma semana de 5 dias se recebesse um aumento salarial.
O governo açoriano anunciou planos para começar a testar a semana de trabalho de quatro dias no sector público este ano, alegando que aumentará a produtividade através de um sentido de responsabilidade e poderá levar a melhorias no sector privado.
No programa do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), aprovado em março pelo parlamento açoriano, o executivo indica que pretende criar um "projeto-piloto para a semana de trabalho de quatro dias/teletrabalho (extensível também ao sector privado), sempre em comum acordo com o trabalhador e a entidade patronal, para uma melhor conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar".
Um anúncio semelhante foi feito pelo Governo Metropolitano de Tóquio, que introduziu a semana de trabalho de quatro dias em 1 de abril, exigindo que as empresas ofereçam opções de trabalho flexíveis aos trabalhadores com filhos pequenos, tais como horários de trabalho reduzidos e trabalho à distância.
"Continuaremos a analisar a flexibilidade dos estilos de trabalho para garantir que as mulheres não tenham de sacrificar as suas carreiras devido ao parto ou à criação dos filhos", declarou Yuriko Koike, Governadora de Tóquio, aquando do anúncio.
Atualmente, o Governo de Tóquio utiliza um sistema de horário flexível que permite aos funcionários acrescentar um dia de folga suplementar de quatro em quatro semanas, e este sistema aumentará para que os funcionários possam acrescentar um dia de folga suplementar por semana. A pressão crescente do governo para permitir mais flexibilidade aos pais que trabalham surge no meio de preocupações crescentes com o envelhecimento da população japonesa.
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