Isto significa que os aumentos de preços na capital abrandaram ligeiramente (menos 0,8 pontos percentuais) face à taxa de 6,3% registada em 2023.
A tendência de arrefecimento nos aumentos de preços é transversal à Área Metropolitana de Lisboa, onde apenas Amadora (8,4% em 2024 vs. 5,5% em 2023) e Palmela (15,0% em 2024 vs. 11,3% em 2023) registaram aumentos mais fortes em 2024 do que em 2023. Nos restantes municípios da região, os aumentos de preços em 2024 foram inferiores aos de 2023, embora todos tenham mantido uma trajetória positiva. No contexto metropolitano, Mafra teve o maior aumento de preços, registando uma valorização de 18,3% no último ano, em contraste com Loures, que teve o crescimento menos expressivo da região, de 1,8%. Para além deste último concelho, apenas outros dois valorizaram abaixo de Lisboa, nomeadamente Cascais, com um aumento de 3,1% nos preços face a 2023, e Almada, onde a subida foi de 4,1%.
Em termos de procura, Lisboa registou um aumento de 13,8% nas vendas de habitação em 2024, prevendo-se que sejam vendidos 9.800 imóveis na capital ao longo do ano passado, com base nos dados reportados ao SIR-Sistema de Informação Residencial. Lisboa recupera assim da queda de 2023, ano em que as transacções caíram cerca de 23%, mas mantém-se abaixo da média dos últimos anos, em que as vendas anuais rondaram as 11 mil unidades (com exceção de 2020). A capital está a consolidar-se como o principal mercado da Região Metropolitana de Lisboa, com 22% das vendas residenciais da região, e alinha o ritmo de expansão da procura com outros municípios deste território.
Em 2024, as vendas de habitação em Lisboa foram realizadas a um preço médio de 4.797€/m2, face aos 3.104€/m2 registados no agregado da Área Metropolitana, o que significa que as casas na capital continuam a ser vendidas a um preço 55% acima da média regional.