“Cada vez mais estudantes chineses vão fazer mestrado e doutorado. Isso é um bom sinal, é um sinal de que o diploma deles já é de alta qualidade”, disse Luís Manuel dos Anjos Ferreira, que está em Macau para participar do 3º Fórum de reitores de instituições de ensino superior na China e nos países de
língua portuguesa.Ou seja, esses estudantes não estão mais em Portugal para aprender a língua, observou o diretor, destacando que estão em um nível mais avançado, desenvolvendo estudos em áreas como Literatura ou Tradução.
Em 2022, 51 instituições de ensino superior ofereceram programas de língua portuguesa no interior da China, de acordo com uma compilação lançada pelo acadêmico da Universidade Politécnica de Macau Manuel Duarte João Pires no mesmo ano. No caso de Macau, existem cinco universidades com programas de português
.Além dos estudantes da China que optam por graus académicos mais avançados na Universidade de Lisboa, há também, segundo o reitor, “um grande número” de estudantes chineses matriculados em cursos de verão de língua portuguesa na Faculdade de Letras.
“Tivemos 200 e 300 estudantes naquela época. Eles começaram a aparecer no final de maio, junho, julho e agosto, o que mostra a demanda pela língua portuguesa e pelo aprendizado do português”, disse.
Sobre o desenvolvimento de novas tecnologias na área da tradução, o responsável admitiu que nesta “fase de transição”, estamos experimentando, com “novos sistemas de tradução automática e simultânea”, que as pessoas continuam sendo necessárias.
“Para nos comunicarmos, precisamos olhar nos olhos uns dos outros, mover nossas mãos, cometer uma série de maneirismos que sabemos ler nos outros e que a máquina nunca conseguirá fazer, além de erros que continuaremos cometendo, apesar do fato de que, com essa tecnologia moderna, estamos melhorando a cada dia que passa. Mas isso é mais fácil de fazer em textos e áreas relativamente restritas, como um projeto de pesquisa, do que nas relações interpessoais”, disse
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